segunda-feira

A Rita foi ao médico na sexta - feira dia 13 de Novembro, vai ter que usar óculos e continuar a fazer os 30 minutos de oclusão da vista direita.


O estrabismo, alteração ocular que desalinha os olhos em diferentes posições, deve ser diagnosticado nos primeiros meses de vida e no início das atividades escolares para que seu tratamento seja eficaz. Quem faz o alerta é a oftalmologista Hanna Flávia Gomes, especialista em estrabismo do HOB Palmas. A diferença de alinhamento entre os olhos, mais do que o aspecto estético, pode causar a ambliopia, isto é, a diferença da qualidade da visão entre os olhos, e tal dano só é reparado até o oitavo ano de vida, porque nessa idade, o sistema neurológico-visual já estará completamente desenvolvido e não haverá mais tempo para correções dessa natureza.


Conforme o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), metade das crianças cegas do mundo têm esta limitação como conseqüência de causas evitáveis, das quais 15% tratáveis e 28% previníveis.

Tipos – O estrabismo pode apresentar desvio de quatro formas. Segundo a especialista do HOB, “quando convergentes, apresentam um ou ambos os olhos direcionados no sentido no nariz. Já no estrabismo divergente, o posicionamento ocular é inverso, os olhos apontam no sentido oposto ao nariz”. Além dessas duas alterações horizontais, o estrabismo pode apresentar desvios verticais. “Há hipertropia quando os olhos apontam para cima; e hipotropia quando estão direcionados para baixo”, explica Hanna Gomes.

Os principais sintomas de estrabismo são nítidos, porque mostram olhos desalinhados e movimentos oculares sem coordenação. Além desses sinais, a criança pode apresentar diplopia (visão dupla de um único objeto) e perda de profundidade da visão, ambos diagnosticados durante consulta oftalmológica.

Risco – A especialista do HOB aponta alguns fatores de risco para a incidência de estrabismo. ”O problema, na maioria dos casos, é hereditário e se manifesta na infância, em decorrência de um desequilíbrio nos músculos que movimentam os olhos que pode ser provocado tanto por parto prematuro, quanto parto normal, doenças congênitas, elevado grau de hipermetropia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, entre outros fatores genéticos. Quando o estrabismo é adquirido na fase adulta, porém, as causas mais comuns para essa alteração ocular são traumatismos cranianos, acidente vascular cerebral (derrame), infecções cerebrais (como meningite), diabetes e disfunções da tireóide”.

Tratamento – O estrabismo tem cura e o tratamento aplicado varia de caso-a-caso. Nas situações em que o estrabismo ocasionar a ambliopia, o uso do tampão é recomendado. “A oclusão é utilizada para estimular a visão do olho deficitado, tampando o ‘olho bom’. O tempo de utilização do tampão varia de acordo com a idade do paciente, mas a idade-limite para o tratamento de ambliopia é até os oito anos”, enfatiza Hanna Gomes.

Além do tampão, os oftalmologistas podem recorrer ao uso de óculos e até cirurgia para corrigir os desvios oculares. “A indicação da cirurgia é feita somente quando os outros recursos não tiverem resultado”. Diante da indicação de cirurgia, o médico faz uma pequena incisão no tecido que cobre o olho, o que permite o acesso aos músculos oculares responsáveis pelo alinhamento dos olhos”, conta.

Cuidados – A especialista do HOB lembra que a melhor maneira de evitar a ambliopia causada pelo estrabismo é obtendo o diagnóstico precoce. “Por menor que seja o desvio ocular que a criança apresente, os pais devem procurar o oftalmologista. Mesmo que não haja nenhum sinal visível de alteração nos olhos da criança, é importante que os pais a levem para uma consulta oftalmológica nos primeiros seis meses de vida e também no início das atividades escolares a fim de verificar alguma incidência de estrabismo”, esclarece.

3 comentários:

Tô de olho tampão disse...

Tampões oculares podem ser divertidos

O ideal é que toda criança de até 4 anos, mesmo sem sintomas, passe por um exame oftalmológico
A utilização de um oclusor ocular é o tratamento mais indicado para a ambliopia. Mas como fazer uma criança usar - sem tirar - o tampão por seis, oito ou até 12 horas por dia? Durante dois, três ou mais anos? Isso é um desafio, principalmente, porque os modelos mais antigos, em maior número no mercado, incomodam e até chegam a machucar quando a criança tem que por e tirar esparadrapos diariamente. Além disso, há a aparência hospitalar, que estimula brincadeiras negativas por parte de outras crianças.

Nesse momento, o segredo é trabalhar a auto-estima da criança, tornando-a diferente de forma positiva. Pensando nisso, Simone Sgarbi, mãe da Camila, de 6 anos, cuja ampliopia foi detectada há dois, decidiu pesquisar um tampão que sua filha realmente usasse, e com prazer. Atacou em duas frentes: o conforto no uso e como torná-lo divertido.

Desenvolveu um tampão feito de borracha macia e que se encaixa nos óculos. E aí passou a fazê-lo nas mais diferentes cores, estampas e motivos. Um para cada dia, um para cada roupa, um para cada humor. Deu certo e a Camila adorou. Não só usa numa boa como até lembra à mãe o horário de colocar.

Foi assim que a empresa Tô de Olho Tampão nasceu, em conjunto com a sua sócia, a designer Paola Petti Cerveira, que desenhou e adaptou novos formatos mais anatômicos ao rosto da criança, tendo sempre o cuidado para que as estampas tenham temas alegres e coloridos.

Os tampões divertidos estão fazendo o maior sucesso entre pais e crianças, sem falar nos oftalmologistas e ortoptistas, que encontraram um novo apoio para ajudar nos tratamentos. "O que me importa mesmo é que todos os pais levem seus filhos ao oftalmologista antes dos quatro anos. A chance dos seus filhos terem o problema é real e só assim eles podem descobrir", conclui Simone.

Isabel Cristina disse...

Já fiz duas cirurgias uma com 12 anos e outra aos 37 anos e o desvio está voltando ainda é possível correção?

Debora disse...

Hj tbem fui ao oftalmo e minha filha tbem vai ter q usar tampão, é uma pena que não fabriquem tampões mais alegres, já é dificil a criança usar e os comuns então nem se fale.