segunda-feira

Pequenos transtornos

A hérnia umbilical

A seguir à queda do cordão umbilical e à cicatrização do umbigo, todavia fica uma pequena abertura, chamada de anel umbilical, na parte mais interna do abdómen, precisamente no local onde originalmente, se encontrava a comunicação dos vasos sanguíneos que levavam o alimento da mãe para o feto. Esta abertura mantém-se, pois a musculatura abdominal, ainda não está totalmente desenvolvida nem consolidada.

Por esta razão, pode acontecer que uma parte do intestino saia através desta pequena abertura e provoque um aumento de volume nesta zona (inchaço), ao nível da cicatriz umbilical. Trata-se pois de uma hérnia umbilical. As suas dimensões, podem ser muito variáveis e dependem do tamanho do anel umbilical.

Quando o anel umbilical é pequeno, as dimensões da hérnia são reduzidas e as dimensões da protuberância, não são maiores que uma ervilha ou um feijão. Neste caso, no prazo de algumas semanas, produz-se o fechamento do anel umbilical com a consequente desaparição do inchaço e portanto da hérnia.

No entanto, quando o anel umbilical é mais largo, a porção de intestino que sobressai é maior e a protuberância pode ser da medida de uma cereja, podendo variar até à de uma ameixa. Neste caso, a remissão ou o desaparecimento da hérnia de forma espontânea, torna-se mais difícil e muito mais demorado, podendo passar alguns meses, até que a hérnia desapareça


A fimose

Quando o recém-nascido é um bebé do sexo masculino, muitos pais perguntam-se como devem actuar, no que diz respeito às medidas de higiene do pénis.

Com a excepção de alguns países, como por exemplo os Estados Unidos, a verdade é que na Europa Ocidental, as razões de higiene não constituem motivo para se praticar a circuncisão ou postectomia, de forma indiscriminada. Anatomicamente, o prepúcio apresenta-se cobrindo completamente a glande e não se consegue pôr esta a descoberto. Esta situação, definida como “fimose”, é completamente normal no recém-nascido e no lactente. A inquietude dos pais, deve-se a que, às vezes, o prepúcio está de tal maneira aderente à glande que impede qualquer acto de higiene e isto, inevitavelmente, preocupa-os.

No entanto, a pele do prepúcio vai-se alargando, progressivamente, com a consequente desaparição da aderência que tem com a glande e, pouco a pouco, às vezes, inclusive durante os primeiros dois – três anos, produz-se a normal retracção para trás de toda a pele do prepúcio sobre a glande, sem que haja a necessidade de qualquer intervenção externa.

Além disso, entre o prepúcio e a glande, forma-se uma secreção esbranquiçada, completamente normal, que em alguns casos se vai acumulando, dando lugar a verdadeiras protuberâncias por baixo da pele, que são visíveis a olho nú e que inquietam muitos pais. Se bem que, em certas ocasiões, esta secreção pode conduzir a infecções incomodativas, a verdade é que uma limpeza do pénis de forma sistemática e regular, durante o banho, é suficiente para retirá-la, sem criar inconvenientes particulares e para contribuir, com o tempo, a uma separação total do prepúcio e da glande.

A dermatite da fralda

Geralmente, a pele do bebé é muito delicada e sensível. Por isso, a pele das nádegas que está em contacto com a urina e com as fezes, toma, facilmente, uma cor avermelhada. Quer a urina quer as fezes, contêm substancias irritantes cuja acção negativa aumente por causa da humidade que provoca a fralda.

Dada a utilização, sistemática e generalizada, das fraldas, é quase inevitável, que, de vez em quando, o bebé apresente um eritema ou a pele avermelhada. Ao tratar-se de um fenómeno que podemos prever, nunca será demasiado saber como enfrentá-lo, e tratá-lo com serenidade. Normalmente, é um eritema leve que tende a desaparecer, rapidamente, sem tratamentos especiais. Podem ser tomadas algumas medidas, como utilizar fraldas capazes de absorver bem a urina e as fezes e evitar que estas permaneçam muito tempo em contacto com a pele, de forma a que esta esteja sempre seca. O bebé deve ser lavado, sempre que damos conta que está sujo, efectuando uma lavagem cuidadosa com agua morna, assegurando-nos que não ficam restos de sabão, pois caso assim não seja o próprio sabão poderá funcionar como elemento de irritação, além de que uma limpeza ineficaz poderá contribuir para o desenvolvimento de bactérias e de gérmens, com a consequente aparição de infecções.

Se a pele do bebé é muito delicada, dever-se-á evitar o uso de pós de talco, pois quando secam podem facilitar o crescimento de gérmens. Nestes casos, deverá utilizar-se um creme à base de óleo de zinco, que é muito eficaz e oferece boas garantias.

A obstrução do canal lacrimal

Normalmente, o que nos chama a atenção, em primeiro lugar, numa pessoa, são os olhos. E, ainda mais, tratando-se dos preciosos Por vezes, este problema aparece aos poucos dias depois do parto, quiçá quando todavia a criança ainda se encontra no hospital. Isto sucede, porque desde há alguns anos, costuma-se colocar a todos os recém-nascidos umas gotas de colírio, para prevenir o aparecimento de infecções oculares, que podem ser transmitidas ao nascer, por alguns gérmens presentes na vagina da mãe. Em alguns casos, este colírio pode tornar os olhos do bebé mais vermelhos e até mesmo irritá-los. No entanto, não se trata de nada grave e este aspecto avermelhado, desaparece ao fim de alguns dias.

Durante os primeiros meses, é bastante comum que apareça, normalmente num só olho, uma infecção crónica, com fases de melhoria alternadas com outras de intenso lacrimejo. Tanto a cor avermelhada como o lacrimejar, costumam ser acompanhadas de uma secreção esbranquiçada no ângulo interior do olho. Durante o sono, esta secreção vai secando, o que provoca que as pálpebras se colem, e que, no momento de despertar, não se possam abrir.

Os sapinhos

“Sapinhos” é o nome que, geralmente, as pessoas utilizam para denominar uma infecção muito frequente nos recém-nascidos e nos lactentes, cujo termo médico é monilíase oral. É causada por um fungo, a Candida Albicans, e afecta, aproximadamente, trinta por cento das crianças durante as primeiras semanas de vida. Pode ser contraída ao nascer, durante a passagem através do canal de parto, devido ao contacto com a mucosa vaginal da mãe, ou então, pode ser contraída depois do nascimento, por contacto com objectos infectados.
Como se contrai
Como se detecta
Como se previne
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